quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ele é mais... sentimental que eu.

Diversas vezes, dizemos aos amigos "conte(m) comigo". Mas isso é pouco ou raramente dirigido aos pais, aos irmãos. Será que esse tipo de coisa é suficiente e totalmente implícita entre os entes, que não precisa ser pronunciada, confirmada, certificada? Às vezes, passa pela minha cabeça estarmos inteiramente errados quando tratamos amigos como parentes e parentes como estranhos. Às vezes, negamos a voz e os abraços para aqueles que mais tem mérito sobre nossos melhores gestos. Quando penso nisso, me sinto fruto de uma ingratidão tão grande, tão grande, que só meus pais compreenderiam e me perdoariam por isso. Tenho pensado excessivamente no meu pai e em quanto eu poderia estar dizendo "conte comigo", mas sempre que isso chega pertinho da boca, prestes a sair... me sinto pequena ainda para dizer que eu sim posso tomar conta dele. Nesse momento, eu só queria ser grande o bastante para mudar nossos destinos... mas, mais uma vez, eu me sinto menor do que eu gostaria de ser para nós.


Um comentário:

Gustavo disse...

As vezes eh dificil "inverter" a ordem natural das coisas... afinal, teoricamente é ele q deveria cuidar de vc, ne?

Mas ele deve saber q vc esta ali e muitas vezes um olhar e um gesto valem mais do q mil palavras ;)